Dantes tomado como coisa bruta, o corpo é hoje visto como entidade complexa, aliando várias dimensões. Por isso, tende a ser denominado por uma palavra composta, aludindo aos diversos sistemas que com ele comunicam. Quando falamos do “corpo-mente” pretendemos designar uma totalidade orgânica de expressão material, emocional, mental e espiritual.
De facto, “a consciência depende do corpo para se manifestar”, como declara Thich Nhat Hanh, em The Art of Living: Peace and Freedom in the Here and Now, onde apresenta os oito corpos definidos pelo budismo, numa progressiva expansão que nos inclui no cosmos.
Assim, honrar o corpo implicará, por um lado, reconhecer a continuidade física de uma linhagem ancestral, que nos doa esta potência manifesta. E, claro, o traçado da nossa genealogia expande-se além do humano até às colónias de seres microscópicos e a todos os elementos que nos habitam.
A perceção desta interdependência é também evidente pelo facto de acolhermos em nós os frutos do solo, da água e do ar, os animais, cuja morte transmutamos em poder vital. Mais, a cada instante inspiramos, expiramos juntos os gases que rodopiam no circuito cerrado da atmosfera terrestre. E vamos, desde já, doando o nosso corpo, através das excrescências das transações químicas internas.
Somos pó de estrelas, nuvem, rio, rocha, folha e raiz, somos Sol e chuva, Luz, declara o mestre. Somos plurais e em nós residem todos os seres, felizes e infelizes, leves ou atormentados. Unidos avançamos no regaço da Mãe Terra pelo espaço-tempo.
Daí que o determinante “meu” possa talvez ser mais justamente substituído por “nosso”, dado ser suspeito o uso do singular. Daí que algumas correntes identitárias contemporâneas escolham nomear o sujeito no plural, trocando “eu” por “eles”.
Este corpo portal, porém, é subjetivamente experienciado como “(m)eu” e precisa de cuidado para ancorar estabilidade. Idealmente, na infância, teríamos aprendido este esmero com os nossos cuidadores — a dedicação amorosa ao corpo. Tal implica higiene; ação e repouso; discernimento sobre os mais justos alimentos (expanda-se a metáfora, aqui!), num equilíbrio nem sempre fácil, na sociedade contemporânea.
O apuramento da consciência pede reverência pelo corpo, num processo de cura e alinhamento contínuo, que irá reverberar em várias direções, para trás, para diante e mais além, nas esferas do mistério. Possamos, pois, celebrar em consciência a nossa encarnação, este nosso corpo-casa.

#image_dianavalmeida — Açores, S. Miguel
::::::: Sobre o meu trabalho :::::::
O meu serviço centra-se na Criatividade, instrumento regenerativo que manifesto de diversos modos.
Ofereço uma terapia holística, que usa as mãos (para mover energia), taças tibetanas, cristais, voz e sinergias de óleos essenciais — chamei-lhe Afinar o Coração, pois esta técnica criada por mim está centrada no chakra cardíaco. Trabalho como terapeuta há 20 anos, combinando formações em várias áreas, desde o Reiki, a Cura Prânica ou a Terapia Multidimensional, até à aromaterapia, ao Kundalini Yoga e à psicoterpia somática. NOVO ESPAÇO em Lisboa — Rua Rodrigues Fonseca (ao Marquês de Pombal). Sessões de 1h30/2h, quarta-feira à tarde.
Proponho workshops de desenvolvimento humano, unindo escrita, literatura e meditação, e também mentorias criativas individuais, para desenvolveres um projeto de escrita ou trabalhares um tópico particular na área do desenvolvimento humano — Escrever o Coração.
Realizo Rituais Fotográficos que honram a beleza singular de cada Ser — Retrato Sagrado e Corpo Vivo: Deusa Grávida. Podes ver algumas das minhas imagens aqui no site, em particular na galeria.
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