Faço yoga desde os 19 anos. Lembro-me de sair da aula com a minha mãe (que me convencera a ir conhecer uma professora incrível com que fazia yoga há anos) e caminhar pela calçada lisboeta com uma nova perceção do corpo, compreendendo que podia sustentar a coluna vertebral de modo distinto. Lembro-me de pensar que até então caminhara perigosamente inclinada para a frente, no risco eminente de queda.
Fui praticando várias modalidades ao longo dos anos e em 2016 comecei a fazer Kundalini Yoga. O efeito foi tão forte a nível físico, psicológico, mental e espiritual que, passado mês e meio, decidi que iria aprender mais sobre esta escola. Nessa altura estava a dar aulas na universidade e nem sonhava que poderia vir a ser professora de yoga. Queria aprender só para mim, seguindo o absoluto fascínio de ver resultados imediatos, de sentir mudanças energéticas incríveis durante e após as aulas. Foi uma formação desafiante, em que cresci imenso, e, entre muitas outras coisas, aprendi as virtudes do compromisso e da perseverança.
Claro que não resisti a partilhar estas bênçãos e já dei aulas em vários lugares. Agora, sinto ser o momento de retomar esta vocação, num espaço recém-criado no centro de Colares. Vou explorar uma temática por mês, trabalhando um mesmo kriya (\”ação completa\”, referindo um conjunto de exercícios com uma finalidade específica) e uma mesma meditação, para aprofundarmos a experiência.
Em janeiro, vamos fortalecer o sistema imunitário, estimulando o aparelho digestivo e as glândulas superiores. Em fevereiro, o convite será para reforçar o plexo solar, também conhecido como terceiro chakra, o centro energético da manifestação. Em março, celebramos a chegada da primavera com um kriya para abrir o coração, acolhendo a beleza do universo que se renova.
Como se não bastasse, vamos cantar mantras — sons sagrados que estimulam zonas específicas do palato, com repercussões cerebrais cientificamente provadas — em todas as aulas, uma das delícias do Kundalini Yoga! Estás à espera de quê para vir experimentar?