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Palavra de honra

Lua Cheia, 12 fevereiro 2025 Às vezes imagino, tento imaginar, o tempo das primeiras águas, sobre as quais o Verbo pairava, prestes a tornar-se coisa. Tomada pela nostalgia, vejo o mundo sem gente, demolindo urbanizações e estradas, enquanto avanço no trânsito na vastidão de uma paisagem impossível, em socalcos arbóreos até à delicada curva do […]

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Endurance

Lua Nova, 30 dezembro 2024 Esta palavra do título — endurance — nem sequer existe no dicionário português; quando se procura, propõem que aguardemos ou sugiramos a sua introdução (prova de que a língua, afinal, vive mesmo dos seus mais afoitos falantes). E, por isso, vou já introduzir o que para mim ela significa. Saltando

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Contágio criativo

Desde miúda (pelos meus 19 anos, perdoem-me os jovens que já se julgam adultíssimos nesta idade) que invisto na dança contemporânea, tendo começado como espetadora assídua dos Encontros ACARTE, na Gulbenkian, num esquema de poupança da semanada para comprar o máximo de bilhetes possível. Ia sozinha e abria corpo e coração a tudo o que

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Esta nossa casa-corpo

Lua Cheia 15 novembro 2024 O processo de socialização costuma cortar os elos entre intuição e vontade. Separados de nós, mais facilmente aprendemos a obedecer às expetativas de uma família (tantas vezes) disfuncional, feita de pessoas que recusaram crescer, praticando ainda os truques aprendidos na infância, para manipular, mentir, magoar, na reiteração de traumas que

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Honrar o caminho

Lua Nova 1 novembro 2024 Há muitos anos, uma mulher sábia, a quem recorri por males de amor, dizia-me ser impossível andar para a frente olhando para trás. E, erguendo-se, exemplificou, tentando avançar com o corpo tolhido por uma torção impossível de suster. Compreendi o conceito, mas, nas velozes voltas da cabeça, continuei muito tempo

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Ser-presente

Lua Nova, 2 outubro 2024 Portugal é um dos países europeus onde mais poesia se publica, com uma longa tradição de poetas escrevendo para o espaço público, seja letras de canções ou slogans publicitários. Recordemos “Primeiro estranha-se, depois entranha-se”, com que Pessoa queria vender Coca-Cola (beberagem que só seria admitida nas nossas fronteiras em 1977,

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