Lua Nova_11 fevereiro 2021
De novo se opõem no céu as velhas estruturas caducas e o misterioso futuro construído a cada instante, por cada um e todos nós. Os sistemas fundadores das nossas vidas estão de momento a sofrer um abalo profundo, desde o governo, até à saúde ou à educação (que o digam os casais com filhos em idade escolar, agarrados ao ecrã dia após dia).
A mudança de paradigma pode ativar em nós duas forças — o instinto de sobrevivência enraizado no medo, pedindo luta e conquista (a visão darwinista que forjou a competitividade como mais-valia); o reconhecimento da nossa comum vulnerabilidade e o ímpeto de tecer redes de apoio (aliás, segundo a mais recente teoria da coevolução, foi cooperando que o ser humano prosperou). A falsa sensação de segurança ancorada na defesa, focada naquilo que nos divide, pode, pois, ser permutada pela força advinda da assunção da fragilidade, face ao destino superior que nos comanda.
Respirando sempre, neste balanço inesperado que nos agita, vamos abraçar novos ângulos, cientes de que chegou o tempo de assumir a liberdade de escolha, entregues em confiança amorosa. Recordemos que “a matéria coalesce em torno da frequência”, ou seja, aquilo em que escolhes colocar atenção ganha corpo e torna-se a tua realidade. Queremos, então, reforçar a couraça, aumentando o peso do nosso desconforto, ou nutrir uma mudança criativa, capaz de sonhar, planear, implementar, ajustar e celebrar (os cinco passos do método Dragon Dreaming!) um mundo novo?