Lua Cheia, 6 janeiro 2023
Eu em menina, queria ser médica, brincava às escolas, adorava desenhar, passava dias a ler, escrevia diários, histórias e poemas que comecei a bater à máquina. Nunca me cansava de salvar os amigos jogados ao chão a fingir doença, prenunciando a minha vocação de terapeuta holística. Frente ao quadro, giz em riste, testava a paciência do meu irmão mais novo, ensaiando as quase três décadas dedicadas à investigação e ao ensino. Quando, aos dez anos, tive uma professora exaltada que nos rasgava os desenhos, deixei de lado esta expressão, que, mais tarde, vim a manifestar através da fotografia. Quanto ao amor às palavras, foi sempre crescendo.
Diversos psicólogos sugerem que a chave para a nossa paixão reside na infância, tempo em que exploramos o mundo através de jogos que indiciam os nossos dons. As brincadeiras alongam-se, ampliando o tempo em infindas variantes prazerosas, que permitem recriar uma multiplicidade de cenários e, deste modo, exercitar competências e antever desafios futuros.
É por isso importante recuperar tais elos de memória que, por vezes, nos chegam ouvindo a família à roda da mesa contar, enlevada, as nossas gracinhas de criança. Se na adolescência nos desligamos agressivamente desta raiz, em adultos somos convidados e retomar contacto, honrando a linhagem familiar, que tantos tesouros guarda. Neste processo, teremos de aprender a curar algumas feridas, claro, iluminando o legado dos traumas.
Mais do que nunca, creio, é urgente fazermos essa viagem até nós, para podermos imprimir a centelha da vitalidade nas nossas escolhas adultas. A alegria é uma das forças da existência, tantas vezes esquecida ou desgraçada através dos disparos de adrenalina — alienação voluntária (álcool e demais drogas), aquisição compulsiva, padrões psicoemocionais telenovelescos…
Neste recomeço, a energia da Lua Cheia pode ajudar-nos a iluminar zonas obscuras, retomando rota, alinhados com o nosso propósito e com o bem maior de todos os seres. Como seria o nosso dia-a-dia, agora, se reacendêssemos as paixões de infância? Que impacto teria no mundo o contacto com a nossa vitalidade renovada? Em suma, o que te move?
sobre o meu trabalho
O meu serviço centra-se em três áreas — Energia, Criatividade e Visão.
Ofereço uma terapia holística, combinando energia, taças tibetanas, cristais, sinergias de óleos essenciais personalizadas e (se a tua pele quiser ser tocada) massagem intuitiva — Afinar o Coração.
Proponho workshops de desenvolvimento humano, unindo escrita e meditação, ou mentorias criativas individuais para desenvolveres um projeto de escrita ou trabalhares um tópico específico — Escrever o Coração.
Realizo rituais fotográficos que honram a beleza singular de cada Ser — Retrato Sagrado e Corpo Vivo: Deusa Grávida.
Dou também aulas de Kundalini Yoga na Casa Pavan (Fontanelas, terça, 19h-20h).
A cada primeiro domingo do mês, faço com a Maria João Ferraz o Caminhar no Coração, uma caminhada meditativa em silêncio, na serra de Sintra, com propostas de yoga e escrita.
Queres saber mais, ou marcar uma sessão? Entra em contacto comigo.
Bem-hajas