Lua Nova, 4 agosto 2024
Talvez seja o verão que, chamando à exterioridade, sempre me engancha em demorados mergulhos interiores, pois por defeito sou teimosa e guardo certo gosto em contrariar. Chegados à pausa oficial, ficamos mais ou menos libertos do dever quotidiano, que pede perseverança no propósito de organizar espaço e tempo para conseguirmos cumprir as nossas funções coletivas. Caímos, então, em nós, que é como quem diz temos oportunidade de avaliar mais um ano, sendo a medida civil de pouca monta comparada com a energia das estações no seu pico.
Por alguma razão nesta altura aumentam divórcios e taxa de loucura, quando nos deparamos figurantes numa vida a que sentimos não pertencer. De fora, para os outros, espetadores do ideal que vamos postando, pode até parecer perfeita a narrativa. Contudo, cabe a cada um de nós averiguar se se cumpre nas escolhas que o conduzem passo a passo.
Penso na palavra “sobreviver”, tão maltratada, quando, verdade seja dita, fala de superação, fala da força de nos recriarmos a cada obstáculo transposto. É o sofrimento o caminho da aprendizagem, por mais voltas que demos, e também o amor que daí nasce em compaixão. Por isso, pode dizer-se que todos somos sobreviventes, mesmo quem insiste em flutuar à tona, sem nunca ousar ir ao fundo conhecer, encouraçado na inútil multiplicação de coisas e casos, rancores e raivas.
Os anos correm com pezinhos de veludo, como sabe quem por eles passa. A vida só parece infinda durante o ensaio, quando se começa a experimentar o exercício de escolher a liberdade da consequência. Talvez este seja, pois, um bom verão — cá está o único tempo, agora! — para perguntares como queres empregar a tua força.
Se viver é uma ação predicativa, que nos une enquanto sujeitos ao movimento do mundo, será interessante examinar o que te instiga. A vitalidade alimenta-se da alegria, quando oferecemos, aperfeiçoando assim, os nossos dons — sobre-postos às vicissitudes às quais vamos conseguindo sobre-viver.
#image_dianavalmeida / Street Art, Porto, 2019.
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