Se há uns anos me dissessem que ia dar em bruxa, tinha-me fartado de rir, orgulhosa como era da racionalidade e das leis de causa e efeito. Ignorava então o mistério e a humildade que separa o desejo de tudo aquilo que nem sequer conseguimos pensar.
Aos 33 anos, atravessei uma crise imensa. Desci tão fundo que mal conseguia concentrar-me para ler e, por uns tempos, regressei a casa dos meus pais. Lembro-me de olhar o prédio em frente da janela do meu quarto de infância e chorar, quando morreu a Sophia nesse verão — “A casa que eu amei foi destroçada / A morte caminha no sossego do jardim /A vida sussurrada na folhagem / Subitamente quebrou-se não é minha”.
Uns meses depois, seguindo a intuição mais do que nada, fiz o primeiro nível de Reiki Shoden. Quando fui iniciada, senti uma mão no cotovelo esquerdo; abri os olhos e nada vi; decidi ignorar a experiência, mas a memória do toque permanece. A minha vela foi a última a apagar-se e o Mestre Rui Viana leu o sinal dizendo que a minha alma escolhera oferecer-se para os trabalhos de elevação da Terra, a partir de 2012. Só podia estar num filme de ficção científica, decidiu a minha ironia. Mal sabia eu o que me esperava nas próximas décadas.
Fui-me entregando ao esoterismo. Sou grata a todos os mestres com quem tenho vindo a aprender, nesta e noutras vidas. As plantas, a terra, a água, o fogo, o ar, o subtil éter e as rochas também me ensinam magia e com eles trabalho em comunhão. Percebo agora, enfim, a beleza da Anunciação, quando Maria responde ao anjo “Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lucas 1: 38).
O Afinar o Coração sintetiza as técnicas de várias terapias energéticas (com imposição de mãos para regular o fluxo de energia), combinadas com taças tibetanas, voz e cristais. Vejo de olhos fechados quando coloco as mãos nos pés de quem me procura, recebendo um mapa visual do corpo. Trabalho intuitivamente, na consciência de que sou mero canal para o prana (ou chi) — a energia vital sagrada que tudo anima.
Todas as sessões são distintas, pois cada pessoa é singular e viva. Antes da terapia conversamos, para avaliar as necessidades mais urgentes, e partilho alguns conselhos práticos — tanto de respiração e postura, a partir dos conhecimento do Kundalini Yoga e da Bodynamic (uma metodologia de psicoterapia corporal que estudo de momento), como de estratégias comportamentais, onde incluo exercícios de escrita criativa. Na verdade, se sentir ser útil, no final do Afinar o Coração convido o participante, ainda num estado liminal, a escrever uma mensagem para si mesmo. Uso também óleos essenciais e preparo sinergias personalizadas, sintonizadas com o estado particular do cliente.
Em 2014 — dez anos depois de ter começado este percurso de aprendizagem e já com muita experiência de trabalho —, decidi assumir-me como terapeuta de direito. Cunhei este nome para a terapia por sentir que a minha abordagem se foca no chakra cardíaco, o centro energético que une Terra e Céu, fazendo a ponte entre os três chakras inferiores e os três superiores. O Coração é o lugar da compaixão e do amor, que recordei ser importante cultivar também a nível mental, quando recebi o meu nome espiritual, na tradição do Kundalini Yoga — sou Manpiar Kaur, a princesa cuja mente está cheia de Amor.
Para mais informações sobre o Afinar o Coração ou para marcares uma sessão, envia-me uma mensagem privada, por favor. Presencialmente, trabalho de momento em Sintra e em Lisboa; podemos também fazer uma sessão à distância. Grata!