Lua Nova 9 fevereiro 2024
Tendemos a acreditar na objetividade indiscutível dos nossos pontos de vista, descurando o caráter eminentemente subjetivo de toda a perceção. Mais, queremos à viva força que os outros comunguem a nossa verdade, ignorando que talvez apenas sejamos detentores de parte ínfima de um todo complexo que a nossa própria condição humana nos impede de enxergar.
Neste momento histórico em que assistimos à radicalização do discurso em diversos setores da sociedade, será interessante considerar a nossa falibilidade e abrir portas ao diálogo. Trata-se de um movimento tentativo que pretende construir um sentido partilhado através da linguagem, enquanto instrumento de significação coletivo. Se considerarmos a etimologia da palavra “diálogo”, vemos que dia se junta a logos; ou seja, por intermédio da palavra encetamos uma tentativa de criar juntos pontes de entendimento.
Por contraponto, vemos a gritaria e o insulto que sobem audiências nos canais televisivos, apelando aos instintos mais primários do cérebro reptiliano, em que o sentido de sobrevivência se ancora no medo do ataque e na necessidade de defesa, perpetuando um ciclo de violência transgeracional, inscrito no código genético desde os primórdios da humanidade. Claro que esta é a via mais popular, pois grande parte das pessoas anda distraída, presa no ramerrão do quotidiano, onde as contas apertam e o corpo dói, na exigência dos horários de trabalho excessivos. É mais fácil encarar a realidade de um modo simplista, ficando quietos nas nossas categorizações inabaláveis, do que abraçar os desafios do pensamento e a incerteza da vida. É mais fácil refugiarmo-nos na cegueira delicodoce de uma espiritualidade alienada, que nos crê a todos anjos, encarnados por engano no mundo cruel. Tanto uma como outra destas perspetivas são, na verdade, apolíticas (mesmo quando resultam no voto extremista), pois recusam a possibilidade de um engajamento efetivo na construção de uma democracia sustentada no respeito pela verdade plural.
#image_dianavalmeida — Desfile na Avenida da Liberdade, Lisboa, 25 abril 2023.
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O meu serviço centra-se em três áreas — Energia, Criatividade e Visão
Ofereço uma terapia holística, combinando energia, taças tibetanas, cristais, sinergias de óleos essenciais personalizadas e (se a tua pele quiser ser tocada) massagem intuitiva — Afinar o Coração.
Proponho workshops de desenvolvimento humano, unindo escrita e meditação, ou mentorias criativas individuais para desenvolveres um projeto de escrita ou trabalhares um tópico específico — Escrever o Coração.
Realizo Rituais Fotográficos que honram a beleza singular de cada Ser — Retrato Sagrado e Corpo Vivo: Deusa Grávida.
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